Quando se descobre omissões, e mentiras de quem você ama? Mentiras, não verdades sobre outra pessoa que também, assim como eu, fui fisgado e induzido a nutrir sentimento nobre… O que fazer para ressignificar esse meu sentimento, por mim mesmo alimentado e fortificado, por ele adubado esses meses todos? Dia 29 fará um ano do primeiro contato, idealizando e cascavulhando minhas emoções… Ainda as músicas fazem sentido, tem referência ao que sinto… O que fazer com essa dor que teima em latejar e eu a morfinizo com altas doses de pornografia virtual, quando o que queria mesmo era a nossa pornografia romântica e lasciva, íntima e profunda… Quando ele some, sem telefonema, sem toque, sem vestígios, sem Whatsapp, sem e-mail, sem nada… No nada também me lanço. Sabe um papel completamente em branco…? Sabe quando recebemos o papel e temos que fazer uma redação sem conhecimento de causa… Assim me encontro, como um papel que não sei nem para onde escrever… Lutando com meus pensamentos e emoções diversas para não sucumbir ao vazio definitivo das minhas linhas, ou a uma incoerência sem medida, sem coesão…
Relendo meus conceitos, buscando mais dos meus cacos, mais do que deixei cair no meio do caminho e reciclando o lixo que me tornei por me deixar esquecer-me, desnamorar-me em função de um ser amado e querido, mas que me joga no limbo do esquecimento e silêncio por conta de pessoas novas, em seu jogo novo de sedução e interesses mascaradores de seus desejos íntimos… É mais fácil trocar as peças de seu tabuleiro, porque jogar fica mais interessante, que jogar com peças rotas e marcadas pelas digitais e sujeira da ponta de seus dedos… E o jogo continua…
Anjo Suburbano ® 